domingo, 27 de janeiro de 2008

02 de maio de 2007

Os dias estão longos, pesados...
... estou distante, até de mim....

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O que altera em mim, são asas molhadas da chuva em noites de tempestades.
E eu fervo como uma xícara de chá pelando. Mas o gosto é bom e nem é tão amargo. Da janela vejo gotas da chuva que não molham, só embaçam a visão de um dia claro. Talvez sejam lágrimas que caem do céu, de alegria, nem sei. Pode ser que o que altera em mim é a sombra do orvalho, igual a fumaça de sai do gole quente que engulo em seco e sorrio. Aquece a alma e a tempestade não é tão violenta assim...
E você me olha com um carinho embalado nas asas de uma brisa, me envolve e eu nem lembro da tempestade que se fundiu. O café quente que queimava a boca, agora aquece a alma e na coberta branca como chumaços de algodão, eu durmo. Durmo na poeira de um dia de calor, na cálida madrugada, na pétala da flor. Porque o que altera em mim é apenas um alvorecer, uma vontade significante de crescer.

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