domingo, 27 de janeiro de 2008

30 de maio de 2007

Dia de se sentir bem com toda a verdade que está vindo à tona. Respostas estão sendo dadas e sorrisos continuam a me acompanhar. A caminhada está sendo feita e com muita segurança, com muito amor, com muita paz. Minha presença agora se faz verdadeira. Necessária. Estou de volta ao mundo. Estou de volta. Quero que a verdade me acompanhe sempre e que eu continue sendo justa com as pessoas, com o mundo, com a vida, mesmo com aqueles que não me dão a mesma coisa em troca.


Oração da Serenidade

Concedei-me, Senhor
A serenidade necessária para aceitar
As coisa que não posso modificar;
Coragem para modificar
Aquelas que posso; e
Sabedoria para conhecer
A diferença entre elas.
Vivendo um dia de cada vez;
Desfrutando um momento de cada vez;
Aceitando que as dificuldades
Constituem o caminho à paz;
Aceitando, como Ele aceitou,
Este mundo tal como é, e não
Como Ele queria que fosse;
Confiando que Ele
Acertará tudo contanto que eu
Me entregue à Sua vontade;
Para que eu seja razoavelmente feliz
Nesta vida e supremamente
Feliz com Ele eternamente
Na próxima.

27 de maio de 2007

O fim de semana foi sereno, com nossas sensibilidades em sintonia. Voltamos ao vinho, ao fogão, aos olhares cúmplices e ao aconchego dos abraços. Mas sem pressa, sem cobrança, sem fantasias desnecessárias. E isso não significa que fomos áridos. Tudo passa a ter uma leveza, uma liberdade que nos permite vislumbrar lampejos de maturidade.

Quero continuar acreditando nos territórios conquistados pelo afeto, mas sem perder de vista os navios. Eles nos permitem partir e também voltar quando sentimos saudades.

25 de maio de 2007

No mesmo caminho, alguém tentou roubar minha bolsa que estava DENTRO do carro. Senti medo, pensei em gritar, pedir ajuda. Mas logo lembrei que ninguém nessa cidade se quer olha para os lados, quem dirá para os outros! E do que adiantaria eu ter alguma reação? Ele estava ali do meu lado olhando para minha bolsa, pensando na melhor maneira de tirá-la dali. Para minha sorte, logo ele percebeu que daria um certo trabalho puxar a bolsa. Desistiu e olhou para MIM. A primeira reação que eu tive foi sorrir (?!). E não é que ele retribuiu o sorriso! Até disse que Deus me acompanharia. Agradeci e segui meu caminho. Ah, parece até brincadeira... Eu tenho cada reação! E acabo tendo cada resposta! Nem sei mais no que pensar. O mundo é tão estranho!

23 de maio de 2007

Ainda se pode sorrir no escuro!
Eu amo as minhas tristezas, são sempre passageiras e me fazem mais feliz depois q passam. E ainda deixam uma grande lição! Pena q elas se apegam e acabam voltando.
Mas...volto a sorrir logo...e fico boba...e sonho...e me esqueço no tempo...e me perco na vida...
Feliz!

19 de maio de 2007

É engraçado ouvir a mesma coisa de todos que estão ao meu redor. É engraçado. É estranho. Saber o porquê das coisas não traz solução. De que adianta ter respostas se não sei o que fazer com elas. A única coisa que consigo é fechá-las em minhas mãos. Estão sempre comigo, mesmo que escondidas... por mim.

18 de maio de 2007

Às vezes me invade uma sensação de impotência diante da vida, dos acontecimentos, como se o destino fugisse dos meus dedos. As palavras se escondem e restam apenas o silêncio e a vontade de um abraço apertado.

Em que ponto da vida da gente existe o tal atalho que nos leva para um ou outro caminho?

Acho que já fiz a minha escolha e nem dei por ela...

HOJE EU SÓ QUERIA TER UM POUCO MAIS DE CORAGEM.

07 de maio de 2007

Tá achando que é só bater mais forte e a casa é toda sua? Não, há meses eu tranquei a porta. Pode respirar aí do lado de fora, porque aqui dentro quem suspira sou eu.

Fundo musical:
Na voz da diva Elis...
quaquaráquaquá quem riu, quaquaráquaquá fui eu..ainda sou mais eu...

04 de maio de 2007

Por mais que eu procure, não consigo pensar em outra coisa pra hospedar, que não seja Clarice Lispector.
Hpje é tudo que quero ver por aqui!



Por Não Estarem Distraídos

"Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."



Acho mesmo que preciso estar mais distraída para que as coisas boas aconteçam.. mesmo correndo o risco de levar um outro tombo, ainda pior do que levei na outra semana.
heheheh

02 de maio de 2007

Os dias estão longos, pesados...
... estou distante, até de mim....

****

O que altera em mim, são asas molhadas da chuva em noites de tempestades.
E eu fervo como uma xícara de chá pelando. Mas o gosto é bom e nem é tão amargo. Da janela vejo gotas da chuva que não molham, só embaçam a visão de um dia claro. Talvez sejam lágrimas que caem do céu, de alegria, nem sei. Pode ser que o que altera em mim é a sombra do orvalho, igual a fumaça de sai do gole quente que engulo em seco e sorrio. Aquece a alma e a tempestade não é tão violenta assim...
E você me olha com um carinho embalado nas asas de uma brisa, me envolve e eu nem lembro da tempestade que se fundiu. O café quente que queimava a boca, agora aquece a alma e na coberta branca como chumaços de algodão, eu durmo. Durmo na poeira de um dia de calor, na cálida madrugada, na pétala da flor. Porque o que altera em mim é apenas um alvorecer, uma vontade significante de crescer.
Como perdi alguns posts no Blog anterior, não arrisco mais! Trago pra cá meus escritos a partir de maio de 2007.


Terça-Feira, 01 de Maio de 2007

Eu devia ter começado como todo ser previsível, justamente para me fazer clara, mas como não consigo seguir métodos, inclusive na escrita, solto minhas idéias sem lenço, sem documento, sem compromisso. Já ia me esquecendo, só um é realmente verdadeiro nessa vida: o prazer!
Uma hospedaria que surgiu depois de refletir sobre o tudo e o nada, retornei a este blog após cinco anos.
Que seja solto, livre, sem amarras determinadas pela expressão letrada.
Me lanço num vôo sem asas, seco, mudo, escondido e divertido. Feito criança arteira que faz a travessura e esconde a carinha atrás da porta, justamente para vislumbrar a reação dos adultos. Uma peralta sem ideologia, ninada pelos desejos, caprichos e todas as vontades reais e utópicas.
E parei mais uma vez elocubrando e me perdi do infinito. Sim, a figura da cobra mordendo o próprio rabo, a roda de sansara,o horizonte que corta o fim do mar, sim, é dessa imagem que me faço presente. Louca, sem sentido, num sopro, insight, visão do além, um espírito escondido num corpo de mulher.